WRC - SINAIS DOS TEMPOS DOS MOTORES A COMBUSTÃO


Neste final de semana tivemos mais uma etapa do WRC, o mundial de rally, onde a categoria visitou a Bélgica no Rally de Ypres, que apesar de ter a Hyundai como grande vencedora da etapa, quem brilhou foi a concorrente Toyota. Explico.


A marca japonesa que contou com dois Yaris WRC no pódio da competição com Elfyn Evans na segunda colocação e Esapekka Lappi na terceira, levou uma novidade para a etapa e apesar de também ser um Yaris de rally, tem algumas diferenças em relação ao modelo que compete regularmente no campeonato: é alimentado por hidrogênio.

Não é de hoje que a fabricante nipônica tem se envolvido com este tipo de combustível, valendo lembrar que seu sedan Mirai, modelo do porte do Camry, já está em sua segunda geração com motorização com esta opção de propulsor alimentado a hidrogênio, porém, é a primeira vez que vemos um modelo competindo impulsionado desta forma.

É verdade que o modelo não compete neste momento valendo pontos para o campeonato, mas a “briga na cronometragem” segue o rigor dos carros inscritos, o que prova que a brincadeira é séria no que diz respeito a desenvolver um carro para competir no futuro de forma “legal” no campeonato mundial de rallys – este modelo correu neste final de semana apenas em um dos trechos de cada dia, antes do rally iniciar propriamente dito – ou seja, ele não competiu com os demais carros, mas realizou passagens nos mesmo trechos que os inscritos para o campeonato passaram e sendo assim, é possível ter uma referência de tempos, sobretudo em comparação com o Yaris oficial do campeonato.

O GR Yaris H2 foi pilotado pelo belga tetracampeão do WRC Juha Kankkunen e ele conta com um motor tricilíndrico turbo convertido para funcionar movido a hidrogênio, um combustível limpo, o que faz todo sentido quando se pensa em levar as tecnologias das pistas para os carros de rua, algo que agora neste sentido funciona na contramão dos fatos, uma vez que a própria Toyota já tem o Mirai que possui esta opção de combustível, como dito acima, porém nas competições um carro é colocado em situações extremas de uso e isto permite com que se desenvolva produtos com uma ótica diferenciada com relação a durabilidade e confiabilidade, que neste caso, fazendo o sentido inverso, será levado para os carros de rua.

Ou seja, o que percebemos é que as categorias mundiais de um modo geral estão bem ligadas em atrelar suas imagens à sustentabilidade, onde ao que parece, o desempenho se comparado com os carros convencionais está mantido e desta forma, o show permanecerá inalterado com o benefício de cada vez mais se reduzir a emissão de gás carbônico para a atmosfera.

Em suma, o planeta em alta velocidade mais do que agradece!

Fotos: Divulgação

 


Márcio de Luca

Autor

Márcio de Luca

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