E não é para menos: a corrida é tão somente a sequência do campeonato após as 24 Horas de Le Mans, etapa mais esperada e desejada mundo à fora e marca não apenas o retorno do Brasil ao campeonato, mas é uma forma de coroar o trabalho de diversos pilotos brasileiros no certamente, que fizeram e fazem história na competição.
Ao longo dos anos vimos diversos pilotos brasileiros lutando cabeça com cabeça pela ponta da tabela dos mais diversos e importantes campeonatos de endurance ao redor do mundo - é bem verdade que ainda não vencemos na classificação geral do WEC, mas chegamos bem perto com José Carlos Pace, Raul Boesel, Lucas di Grassi, Bruno Senna e André Negrão, todos vice-campeões na classe de topo.
Agora vivemos um momento onde temos medalhões do automobilismo nacional que despontam no WEC, como Augusto Farfus (BMW WRT, LMGT3), correndo ao lado de Nicolas Costa (McLaren United Autosports, LMGT3), estreante no mundial de endurance neste ano e que tem tudo para seguir os passos de diversos outros pilotos, que obtiveram e ainda desfrutam de grandes resultados em campeonatos como o IMSA, norte-americano de endurance, ou ELMS, o similar europeu.
Falando novamente das 24 Horas de Le Mans, tivemos a estreia do brasileiro Felipe Drugovich, que ao que parece, tem dado indícios que está mirando sua carreira nas provas de longa duração, sendo um fruto direto dos bons resultados de compatriotas em competições do tipo e também do interesse não apenas brasileiro, mas mundial, nesta modalidade do automobilismo.
Seja como for, a verdade é que o retorno do WEC ao Brasil é uma grande mostra da força que nosso país tem na competição e que o mundo reconhece - diversos pilotos brasileiros estão fortemente ligados à grande marcas mundiais, como Farfus e o seu longo relacionamento com a BMW; Felipe Nasr e a Porsche; Daniel Serra e a Ferrari e Pipo Derani com a Cadillac, que mesmo ele após a atual temporada do IMSA se desligando da marca, sabemos que é uma relação que vem de anos e já rendeu dois campeonatos.
Em suma, as 6 Horas de São Paulo coroa um trabalho de muitos anos, realizado por uma grande quantidade de mãos (e pés nos aceleradores!) e que prova não apenas a qualidade da pista que receberá o evento, mas o peso como um todo do Brasil no esporte mundial.
E vai além: o retorno desta grande prova ao nosso país pode abrir os olhos das empresas no apoio à pilotos, bem como aumentar o interesse dos cidadãos brasileiros pela categoria, que mundo à fora arrasta milhares de amantes aos autódromos e pode fomentar este mesmo desejo por aqui.
E por fim, o melhor de tudo é que o WEC já anunciou o calendário do ano que vem e a boa notícia é que São Paulo e o Brasil estão lá e sendo assim, a saga continua!
Foto: Divulgação
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