A prova de La Sarthe é uma das mais desejadas e ao mesmo tempo temidas do planeta, pois um simples deslize, como o que ocorreu com o carro 51 do time de fábrica, que liderava a prova, mas rodou já nas horas finais da corrida e viu seu possível triunfo se esvair pelos dedos, sabe que ela não perdoa, onde a distância entre a glória e a derrota leva milissegundos para acontecer.
Mas, mesmo com o carro que venceu em 2023 perdendo a liderança, havia mais carros da fabricante de Maranello à postos, pronto para subir ao pedestal de sucesso e objeto dos desejos de mil em cada mil pilotos e foi exatamente isto que Robert Kubica, Ye Yifei e Phill Hanson fizeram: levantaram o troféu que não perdoa, mas para os que fizeram sua parte, torna-se uma joia sem precedentes e de valor incalculável.
Desta forma, estamos vendo no presente uma história de glórias quase intermináveis sendo reescrita, onde a Ferrari que dominou com mãos de ferro boa parte da década de 60 de Le Mans, crava um novo tricampeonato seguido na vedete do automobilismo mundial, mostrando que não a toa, venceu todas as provas da temporada do WEC, o mundial de endurance, disputadas até aqui.
Porém, além de vencer a prova deste ano, o carro 51 do time foi ao pódio com a terceira posição na classificação geral e o carro 50 terminou logo atrás em quarto, o que demonstra que o time veio realmente preparado e obcecado por vencer neste ano de novo.
Mais uma vez o cavalo rampou sobre todos e seja vermelho ou amarelo, o importante é o que o projeto Hypercar da Ferrari continua dando mais do que bons resultados, vencendo não apenas as provas do calendário, mas também a mais importante de todas, as 24 Horas de Le Mans.
Ou seja, a dinastia está mantida.
Foto: Márcio de Luca (Conteúdo Motorsport)
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