Uma das modificações diz respeito ao formato da qualificação, que permitirá aos pilotos condições melhores de entrar na janela ótima de aquecimento dos pneus e desta forma, conseguir melhores tempos com mais segurança.
A partir do ano que vem o treino classificatório será dividido em três partes distintas de 15 minutos cada, diferente do que vinha ocorrendo, quando os protótipos tinham sua qualificação e os GTs a sua, o que muitas vezes gerava uma grande quantidade de carros na pista ao mesmo tempo.
Outra mudança diz respeito aos cobertores de aquecimento dos pneus, que a partir de 2023 estarão banidos e sendo assim, cada carro vai para a pista com os pneus “in natura”.
Fica definido também que cada fabricante poderá ter apenas dois carros nos seus respectivos times de fábrica na classe Hypercar, onde qualquer carro extra deverá estar vinculado a uma equipe privada – no passado não muito distante tivemos casos como os da Audi, Porsche e Nissan que tinham três carros cada na competição, como ocorreu na temporada de 2015, por exemplo.
Também ficou definido que a homologação dos carros da classe LMP2 será prolongada até o final de 2025 e sendo assim, os atuais chassis ganham uma sobrevida na competição.
Outra mudança, porém esta válida apenas a partir do campeonato de 2024, diz respeito a futura classe LMGT3, que será baseada nos modelos homologados FIA GT3, mas que tinham um entrave que dizia respeito ao “kit premium”, que em linhas gerais seria um novo body kit que poderia ser usado pelos modelos, mas que poderiam ser retirados quando cada equipe achasse necessário – este body kit, que traria benefícios apenas na parte aerodinâmica, teria o seu custo limitado a 50 mil euros, porém o custo do seu desenvolvimento ficaria muito acima disso, o que lançaria por terra todo o esforço realizado para baratear a classe.
Desta forma, o “kit premium” será permitido, porém deixa de ser obrigatório, o que é um grande alívio para os fabricantes, sobretudo aos que desejam ingressar na competição mundial.
Além disso, a ACO, uma das entidades que promove as 24 Horas de Le Mans, também informou que a futura regulamentação LMGT3 será uma classe baseada em regulamentos esportivos do tipo Pro-Am, pensada para equipes do tipo clientes.
Por fim, os pneus da nova classe de GTs deverão ser padronizados de acordo com o regulamento FIA GT3, devendo ser fabricado por uma única empresa – parcialmente esta parte do regulamento pode ser mais difícil de ser realizada, uma vez que os diversos campeonatos de GTs mundo a fora, baseados nos carros da classe FIA GT3 possuem fabricantes de pneus distintos e sendo assim, fazer todos os campeonatos convergirem para um único produtos pode ser mais difícil.
Seja como for, as cartar foram lançadas sobre a mesa e agora resta apenas as máquinas irem para a pista, numa temporada que tem tudo para reviver os tempos áureos da competição.
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