Diferente do WEC, o IMSA nos EUA partiu para uma plataforma diferente, a DPi, que num primeiro momento atraiu três fabricantes de peso ao seu campeonato, contra apenas um no mundial de endurance: se na terra do Tio San Acura, Cadillac e Mazda duelavam nas pistas, no WEC apenas a Toyota tinha seu time de fábrica e em muitas corridas apenas três carros disputavam a classe LMP1.

Mas eis que nasceu a classe Hypercar e com ela, a Toyota que já estava no mundial viu a chegada da Glickenhaus, outro fabricante, que somada a Alpine, que utilizava (e ainda utiliza) um chassis LMP1 que foi da Rebellion Racing, o grid parecia finalmente que estava prestes a aumentar.
Pouco tempo depois passou a pipocar fabricantes interessados na regulamentação LMDh, que após a convergência de regulamentos entre o WEC e o IMSA, a força da nova classe parecia que seria mostrada e finalmente teríamos um grid mais recheado no mundial de endurance.

Aos poucos nomes como Porsche, Peugeot, BMW, Audi e Ferrari demonstraram seu interesse, tal como também fez logo depois a Cadillac e a Acura e passaram a mostrar esboços, onde finalmente no Festival de Goodwood deste ano a Porsche apresentou o 963, carro no qual em uma aliança com a fortíssima Penske alinhará quatro carros no grid de 2023, sendo dois no IMSA e dois no WEC.

E foi exatamente no festival britânico que vimos o ápice e a confirmação que a classe dos hipercarros veio numa boa hora: a equipe JOTA Sport, equipe que compete no WEC na classe LMP2, anunciou seu salto para a classe superior, se tornando a primeira equipe cliente desta nova regulamentação, onde em 2023 alinhará um Porsche 963 no grid da competição.

Pode parecer pouco e ainda prematuro, mas devemos lembrar que durante todo o tempo de existência da classe LMP1, de 2004 a 2020, nenhum time se tornou cliente dos fabricantes que alinharam carros no grid, onde apenas a equipe suíça Rebellion Racing era efetivamente um time privado nesta classe, porém corria com um chassis Oreca e motorização Gibson, mesma configuração que Alpine ainda utiliza.
É verdade que a Audi, ainda que oficialmente não tenha se pronunciado, parece ter abandonado seu projeto no endurance, mas levando-se em consideração os fabricantes que estão no páreo, em 2023 temos oito marcas que colocarão seus protótipos nas pistas, fora a Alpine, que mesmo que não venha com um novo carro, estará no campeonato mundial também.
Ou seja, de forma cíclica e até mesmo estranha, o mundial de endurance que já teve uma infinidade de nomes, cresceu, encolheu e chegou ao ponto de quase morrer, parece que está prestes a voltar aos seus dias de glória.
Sendo assim, que mais montadoras se unam aos campeonatos!
Foto: Divulgação
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