Trocando em miúdos, com o anúncio da não realização da prova japonesa que seria no dia 26 de setembro passado, a solução foi trazer as 8 Horas do Bahrein do dia 20 de novembro para o próximo dia 6, onde no final de semana anterior, o do dia 30 de outubro, realizar uma prova de seis horas na mesma pista e assim, manter o calendário intacto em relação ao número de corridas.
Pode parecer uma solução simples, mas de verdade, não é e explico o porquê.

Daqui a praticamente 10 dias vai ocorrer às 6 Horas do Bahrein, prova que efetivamente substitui a etapa de Fuji, Japão e como foi dito no início da frase, uma prova com seis horas de duração, algo que coloca qualquer equipamento em um nível de desgaste e stress muito grande, onde as equipes terão apenas uma semana para deixar tudo em ordem para a corrida que acontece já na semana seguinte e está com oito horas de duração.
Leve também em consideração o desgaste que cada piloto passa, pois mesmo correndo stints de “apenas duas horas” cada, o Bahrein não é um dos países que gozam das mais baixas temperaturas do planeta e se fora a atmosfera já é quente, imagine dentro do cockpit, onde temperaturas na casa dos 50 ?C são bastante comuns.
Os mecânicos também outros que trabalham de forma frenética e sobretudo quando algum acidente acontece, o trabalho que nunca é pequeno, torna-se ainda maior e são exatamente eles, os mecânicos, quem trabalharão arduamente entre uma semana e outra para fazer com que tudo esteja pronto para a prova seguinte, onde vale lembrar que este trabalho entre provas era de pelo menos 45 dias.
Mas, seja como for, é bem verdade que o final da temporada como foi posto em prática também representa uma economia de escala para os times e a categoria e também, uma forma segura de manter os envolvidos com as corridas, pois devemos nos lembrar que o mundo ainda vive uma pandemia e se manter no mesmo local por mais tempo, pode significar uma segurança extra neste sentido.

Por outro lado, devemos nos lembrar que esta temporada que está prestes a se encerrar é a primeira onde a classe dos hipercarros foi colocada em pista e este pareceu ser o sopro divino que a categoria tanto precisava para manter o fôlego e prosseguir com força total, onde Peugeot, Audi, Porsche e Ferrari já anunciaram seus programas para 2023 na categoria e isto é um alento muito grande para os fãs de provas de longa duração.
Sendo assim, já deixe anotado em sua agenda: 30 de outubro teremos as 6 Horas do Bahrein e no final de semana seguinte, a grande final com uma prova de oito horas de duração.
Fotos WEC
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