FÓRMULA 1 - A GRANDE VIRADA DE CHAVE DA CATEGORIA


A tão esperada mexida no balanço de forças da Fórmula 1 enfim aconteceu e longe de querer que time A, ou time B vença, o desejo de fãs ao redor do mundo (e o meu!) era que a categoria se despolarizasse e mais pilotos passasse a ter chances de vitórias e marcar pontos.


Com os novos carros, novas regras, esperava-se que isto fosse possível e ao que tudo indica, o objetivo numa primeira análise parece ter sido atingido - não digo isto porque após a primeira corrida a Mercedes não dominou ou a Red Bull Racing não pontuou, mas sim porquê sete das dez equipes do grid ontem pontuaram. 

Fato é que a Ferrari deu um grande salto de qualidade e confiabilidade e boa parte desse avanço se deve ao seu motor, pois equipes como Alfa Romeo e Haas, duas últimas colocadas na temporada passada respectivamente, nesta abertura de campeonato não apenas pontuaram, mas mostraram que ao longo do ano devem incomodar os grandes times. 

A Haas vem para um 2022 muito encorajador! Volta por cima da equipe. Foto/Reprodução

É claro que estamos em início de campeonato e ao longo do ano todos os times irão evoluir, mas imaginar o salto que algumas equipes deu, seja para frente, seja para traz, duvido que estivesse no imaginário de fãs, organizadores e até mesmo das equipes. 

E falando em quem andou para trás, o que dizer da McLaren e o que pensar da Aston Martin? A primeira disputou ponto a ponto no ano passado com a Ferrari o terceiro lugar do campeonato de construtores e a segunda, se diz pronta para estar no topo da Fórmula 1 em cinco anos – os carros laranja amarelaram e o AMR22 parece estar bem verde, precisando de um grande amadurecimento para poder levar a cabo a ambição e desejo do patrão Lawrence Stroll e do seu grupo de investidores.

O cara do Lando Norris ilustra o desastre da estreia da McLaren. Foto/Reprodução

Claro, não podemos deixar de falar da Mercedes, que hoje nem de longe se parece com o time de outrora, onde era visível durante toda a corrida de ontem que a equipe estava conformada em ter seus dois carros longe do pódio - houve uma reviravolta no final da prova e Lewis Hamilton chegou a estourar a champanhe no posto mais baixo dentre os três premiados, mas muito em vista pelo azar alheio, do que por capacidade de agir contra os adversários. 

E o que dizer ou pensar da Red Bull Racing? Ontem ambos os carros não terminaram a corrida, mas até o momento que o abandono ocorreu, era certo que Max Verstappen iria ao pódio e Sergio Perez pontuaria bem, se não fechasse o dia entre os três primeiros. Foi azar ou é um sinal de alerta para a equipe? O carro parece ser muito bom, mas o motor não se sabe ao certo se está no mesmo nível da unidade do ano passado - o carro de Pierri Gasly da AlphaTauri pegou fogo, causado exatamente pela mesma unidade de potência que tirou os dois carros do time principal da prova.

Será que a Red Bull esta tomando o caminho errado com seu motor? Foto/Reprodução

Seja como for, a sacudida que a FIA e Liberty Media deu na categoria com os novos carros é patente e especialmente pela renovação de pilotos no topo da pirâmide, pelo menos na corrida de ontem, foi fundamental para que o esporte se mantenha interessante e possa continuar angariando novos fâs – aquela Fórmula 1 da era romântica não voltará mais, isto é fato, porém pedir um mínimo de competitividade não é exagero e verdade seja dita, a categoria estava ficando muito chata, mesmo sabendo que em 2021 o resultado foi diferente de algum modo.

Em suma, para quem é fã do esporte a motor, ao que tudo indica não teremos do que reclamar da Fórmula 1 neste ano.

Assim espero...


Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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