FORMULA 1 - A HORA DE DESCOMPLICAR A F1?


Porém, mesmo a FIA tendo uma importância fundamental para a categoria, a F1 neste caso, todo o ônus para que um campeonato ocorra e haja equipes suficientes envolvidas, é o organizador quem arca, sendo neste caso a Liberty Media. Mas, há quem questione este poder da FIA na Fórmula 1, onde ao longo do tempo os carros ficaram cada vez mais complexos e o campeonato em si, tanto para equipes, como para a organização, mais caro. Para David Croft, comentarista britânico da Sky Sports, a Liberty Media deveria ter mais influência sobre a Fórmula 1 no que diz respeito às regras técnicas, devendo ter


Porém, mesmo a FIA tendo uma importância fundamental para a categoria, a F1 neste caso, todo o ônus para que um campeonato ocorra e haja equipes suficientes envolvidas, é o organizador quem arca, sendo neste caso a Liberty Media.

Mas, há quem questione este poder da FIA na Fórmula 1, onde ao longo do tempo os carros ficaram cada vez mais complexos e o campeonato em si, tanto para equipes, como para a organização, mais caro.

Para David Croft, comentarista britânico da Sky Sports, a Liberty Media deveria ter mais influência sobre a Fórmula 1 no que diz respeito às regras técnicas, devendo ter o seu poder de decisão alargado.

"O problema dos detentores de direitos comerciais é que não são eles quem ditam as regras e vejo que chegou a hora de aproximar mais as duas partes [Liberty Media e FIA]. Temos que pensar no espetáculo e o marketing tem que ser um pouco mais importante do que a engenharia, mas também temos que manter o equilíbrio. É necessária uma simplificação das regras porque estão ficando complicadas demais e temos que encontrar uma forma de simplificá-las", disse Croft.

A afirmação de Croft faz bastante sentido e se observarmos campeonatos que não são regidos pela FIA, vemos que em diversos deles o alto nível da competição é mantido, abrindo mão da complicação extrema, onde o melhor exemplo disto é a regulamentação LMDh, que recentemente convergiu as categorias de topo do IMSA e do WEC, respectivamente o campeonato dos EUA e o mundial de endurance, simplificando as regras técnicas, o que atraiu nada menos que oito novos fabricantes para o WEC - no IMSA as coisas já eram mais simples, onde o grid de sua classe de topo, na ocasião à DPi, dava um banho na LMP1 do WEC.

Seja como for e para a mão de quem vá um maior poder de decisão técnica na Fórmula 1, a verdade é que a categoria chegou ao ápice da complicação, o que cada vez mais cria-se uma imensa distância entre as duas pontas do grid.

Talvez tenha realmente chegado a hora de haver algumas mudanças na organização da Fórmula 1, sob risco de em alguns anos haver um racha, tal como já vimos em outras categorias.

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Márcio de Luca

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