A jovem promessa dos EUA passou o ano sofrendo para se adaptar ao carro e à categoria, onde ao longo de 22 etapas marcou apenas um ponto, 26 a menos que o seu companheiro de equipe Alexander Albon, que é bem mais experiente que ele na F1, verdade seja dita.
Se por um lado Albon conseguiu a façanha de encerrar a temporada na 13ª posição do mundial de pilotos, à frente de nomes experientes como Nico Hulkenberg, Kevin Magnussen e Valtteri Bottas, entre outros, Sargeant só não foi pior do que Nyck de Vries, demitido da AlphaTauri logo após o GP da Inglaterra, décima etapa do calendário deste ano.
Mas, olhando por este prisma, pode-se gerar uma ideia distorcida dos fatos, uma vez que o jovem que completará 23 anos no último dia deste ano, de fato não teve tempo suficiente para entender efetivamente a Fórmula 1, o que fica facilmente provado pelo alto volume de prejuízos que o piloto deu à equipe em acidentes: em sua estreia na categoria, seria muito mais fácil andar na rabeira do grid, do que se arriscar a acidentar-se, algo que ele fez em larga escala.
Porém, isto prova que mesmo errando, batendo e destruindo o carro, o piloto foi em busca do seu limite, que se por um lado gerou prejuízos para o time, por outro pode lhe trazer em 2024 muito mais forte e ai sim poderemos avaliar se de fato aprendeu algo com o seu ano de estreia.
E voltado a falar de De Vries, vale lembrar que o holandês na quase meia temporada que realizou neste ano, não marcou nenhum ponto, mesmo sendo mais experiente em categorias de alto nível, inclusive campeão da Fórmula E, o que prova que os maus resultados podem também estar ligados a falta de sorte.
Por outro lado, para a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da categoria e que tem origem no mesmo país que Sargeant nasceu, mantê-lo no grid pode ser algo benéfico para a Fórmula 1 nos EUA, fazendo o país que tem uma forte cultura de automobilismo, se sentir representado, mesmo que o jovem não seja exatamente o rosto que a população almeja na categoria.
Seja como for, o mundo dos negócios não é propriamente dito o lugar mais justo do mundo e apesar da Fórmula 1 ser um esporte, ela é um negócio puro, que movimenta bilhões de dólares por ano e sendo assim, podemos dizer que a equipe Williams foi justa com Logan ao mantê-lo em um dos seus carros, onde não descarte o fato de seus maus resultados estarem de alguma forma ligados à pressão de poder ser ejetado do time a qualquer momento, algo que pode desestabilizar qualquer pessoa, sobretudo, alguém na idade que ele tem.
Sendo assim, respondendo a pergunta título deste texto, sim, a justiça tarda mas não falha – pelo menos não falhou desta vez...
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Fotos: Divulgação
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