FÓRMULA 1 - A MÁ SURPRESA DA ASTON MARTIN


A temporada 2022 da Fórmula 1 enfim começou e saímos do Bahrein com diversos tipos de surpresa, sobretudo pelo salto (já previsto) de desempenho da Ferrari e o andar para traz da Mercedes, que em Sakhir não teve muito do que comemorar, apesar do resultado final obtido.


Mas, dentre os times que apresentaram seus planos ambiciosos, talvez a Aston Martin seja a que saiu do país na região do Golfo Pérsico mais frustrada, muito em vista por ter apresentado um nível de desempenho muito abaixo do que Force India e Racing Point, seus antecessores nomes, mostraram nos campeonatos que participou.

“Quando chegamos aqui [no Bahrein] todas as equipes tinham os seus problemas, por isso não tínhamos 100% de certeza de onde estávamos, para ser honesto”, disse Mike Krack, diretor da equipe Aston Martin.

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Os carros verdes do time britânico não gozaram de uma pré-temporada excelente, porém nada apontava para um resultado como o obtido na corrida de domingo, onde Lance Stroll finalizou no 12º lugar e Nico Hulkenberg, que substituiu Sebastian Vettel por estar com Covid-19, foi o último colocado.

Foi um grande baque no time, que planeja para os próximos cinco anos ser uma das principais equipes do grid, com capacidade e possibilidade de disputar o título mundial da categoria.

“Tivemos que trabalhar durante a totalidade dos testes de inverno em torno desses problemas. Acho que não somos os únicos e, portanto, não sabíamos onde estávamos. Foi uma surpresa. Uma surpresa negativa, infelizmente”, continuou Krack.

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Não é possível avaliar qual é o maior problema do time, mas em função do desempenho de Mercedes, McLaren e Williams, é quase previsível que o motor alemão seja um dos responsáveis pelo baixo desempenho da equipe e se isto for verdade, neste quesito a Aston Martin está de mãos atadas, porém, se este for o único problema, sabendo que a equipe da estrela de três pontas não quer perder a majestade, será questão de tempo para que a solução logo venha.

Porém, apesar do modo espalhafatoso de dar declarações de Lawrence Stroll, patrão da equipe, Krack por sua vez adota uma postura mais sóbria e humilde, sabendo que há uma curva de desenvolvimento que fará com que o time chegue aos bons resultados: “Não está sendo divertido este momento. Não quero estar nestas posições onde estamos. Mas também preciso ser humilde, porque não podemos chegar nesta categoria e desfazer de todos que já estavam. Mas, obviamente não estou satisfeito”, concluiu o dirigente.

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Em 2021 a Aston Martin encerrou a temporada na sétima colocação do mundial de construtores com 77 pontos, onde um destes foi marcado na corrida de estreia, no mesmo Bahrein que neste ano trouxe tanta desilusão a equipe.

Resta agora reagir e rápido, porque se lamentar e não agir na Fórmula 1 pode significar não pontuar, algo que duvido que esteve algum dia nos planos de Stroll e sua trupe.


Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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