FÓRMULA 1 - A PRÉ-TEMPORADA ENFIM COMEÇOU


Depois de meses sem uma só atividade dos carros mais desejados do planeta, eis que a Fórmula 1 voltou a carga hoje do circuito do Bahrein, onde 19 pilotos se revezaram aos comandos dos monopostos, que teve Max Verstappen como o mais rápido do dia.


O piloto da Red Bull Racing também foi quem mais voltas deu no circuito do país do oriente médio, com 157 giros na pista, valendo lembrar que diferente dos demais times, a equipe austríaca optou por fazer um programa de testes hoje apenas com o holandês.

Enfim hoje também foi o dia de vermos um brasileiro assumir um cockpit: Felipe Drugovich testou na parte da manhã com a Aston Martin e mesmo tendo perdido uma hora da sessão devido a problemas elétricos nos carro, deu 40 voltas, o suficiente para superar respetivamente Yuki Tsunoda (AlphaTauri), Pierre Gasly e Esteban Ocon (Alpine), Oscar Piastri (McLaren) e Kevin Magnussen (Haas), todos inclusive com mais voltas do que ele.

Tal como Drugovich, o espanhol Fernando Alonso também ficou parado por quase 1h30 esperando seu carro ser consertado na parte da tarde, porém, contando com sua experiência e o peso de carregar um bicampeonato de Fórmula 1 nas costas, ele conseguiu um feito quase que mágico, pois já perto do final da sessão, encaixou uma volta em 1m32s866, apenas 0s029 atrás do melhor tempo do dia.

A Ferrari também teve um dia produtivo e fechou a sessão com seus dois pilotos dentro do top 5, Carlos Sainz no terceiro posto da tabela (0s416 mais lento que o tempo da ponta) e Charles Leclerc logo atrás, apenas 0s014 mais lento do que seu companheiro de equipe – nada mau para o time que começou muito forte a temporada passada, mas que perdeu força ao longo do campeonato, tendo inclusive o mundial de construtores ameaçado pela Mercedes.

Divulgação Twitter Ferrari

O top cinco deste primeiro dia foi fechado pelo jovem Lando Norris, cujo dia testes para a McLaren foi bem complicado, com seus dois pilotos dando um baixo volume de voltas: o britânico deu apenas 40 voltas na tarde barenita, enquando Piastri que pilotou pela manhã deu 52 giros, não indo além do 18º posto da tabela de tempos.

Apesar de Verstappen ser a estrela da vez na categoria, a Mercedes era uma das mais aguardadas em pista, pois seu domínio na categoria nos últimos anos e o falho desempenho em 2022, demandava uma resposta e era esta que a maioria das pessoas estavam esperando – não foi a redenção da equipe, mas diferente de 2022 onde os pilotos pareciam assentados numa britadeira, neste ano com o porpoising controlado, como foi visto em pista, a estrela de três pontas parece ter um inicio de ano menos doloroso.

Divulgação Twitter Mercedes

Lewis Hamilton fez a sexta marca do dia, mas com mais de meio segundo de atraso, enquanto George Russell, que pilotou pela manhã, cravou a nona marca, porém quase 1s4 mais lento que o holandês dos touros vermelhos.

Claro que cada equipe tenta esconder um pouco do jogo neste momento da preparação, pois um grande rendimento pode levantar suspeitas sobre irregularidades no pacote trazido para a pista, mas também incitar os concorrentes a copias a soluções apresentadas, porém devemos levar em consideração que dos dez times que compõem o grid da categoria, sete estiveram presentes no top 10 deste primeiro dia de testes, o que é um grande alento para todos, pois pode ser um indicativo de um campeonato bastante competitivo, o que só trará benefícios para a Fórmula 1 como um todo.

Dito isto, completou a lista dos dez melhores do dia Alexander Albon (Williams) com o sétimo tempo, seguido de Zhou Guanyu (Alfa Romeo) e o estreante Logan Sargeant (Williams) fechando o top 10.

Na reestreia de Nick Hulkenberg no grid da Fórmula 1, o novo piloto da Haas fechou o dia com o 11º e Nyck de Vries foi para a pista pela primeira vez com a AlphaTauri cravou a 13ª marca.

Amanhã teremos mais oito horas de atividades em pista, onde muito dos tempos baixos vistos hoje podem não acontecer, uma vez que os dados coletados hoje servem de ajustes para novos testes amanhã, onde apesar da velocidade de ponta ser algo buscado, é a confiabilidade e o ritmo de corrida quem leva ao sucesso no campeonato e sendo assim, muita simulação de corrida com stints longos não deve ser descartado, além, claro, daquele monte de sensores nos carros e aquela pintura com flow vis que já estamos acostumados a ver nos carros.

Fotos: Divulgação Twitter Formula 1


Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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