Temos no grid da categoria hoje duas equipes italianas e são elas as protagonista de algumas revoluções, seja no sentido positivo ou no negativo da palavra.
No lado positivo, vemos a AlphaTauri, empresa do grupo de bebidas Red Bull que após a morte do fundador da empresa, Dietrich Mateschitz, passou a ter uma outra orientação no que diz respeito a paixão pelo esporte e com isto, passará por uma grande reformulação – apesar de inicialmente sair apenas uma pessoa, o peso desta saída é imenso.
Falo do francês de 67 anos Franz Tost, que após 18 anos no leme do time, deixará o cargo de chefe de equipe ao final do ano, passando a condição de consultor a partir de 2024.
“Antes de mais, gostaria de agradecer a Dietrich Mateschitz, que me deu a incrível oportunidade de ser chefe de equipe da Scuderia Toro Rosso e da Scuderia AlphaTauri nos últimos 18 anos. Foi um verdadeiro privilégio liderar a equipe durante um período tão longo e um grande prazer trabalhar com tantas pessoas motivadas e competentes, que compartilham comigo a paixão pela Fórmula 1. Com 67 anos de idade, chegou a hora de passar para o outro lado e com o Peter [Bayer] como novo CEO e o Laurent [Mekies] como chefe de equipe, encontramos duas pessoas muito profissionais, que levarão a equipe para o próximo nível. Quero agradecer a todos pela boa cooperação”, disse Tost em comunicado enviado a imprensa.
E é ai que entra o lado “negativo” da palavra revolução citada acima: Tost será substituído pelo também francês Laurent Mekies, que atualmente é diretor esportivo da Ferrari, fazendo com que a equipe de Maranello vá definhando aos poucos, perdendo cada vez mais pessoas importantes em sua organização.
Além de Mekies, Peter Bayer também entrará no time B da Red Bull Racing, onde ocupará a função de CEO da equipe e deve assumir o cargo somente no momento que Tost deixar sua tual função, algo que deve acontecer apenas no final deste ano.
Bayer não era de nenhuma equipe atualmente, onde recentemente foi diretor executivo da Fórmula 1 e mais recentemente secretário geral de esportes na FIA.
Seja como for, temos dois grande indícios nesta movimentação que está ocorrendo no tabuleiro da Fórmula 1.
A primeira é que a Ferrari precisa de uma nova revolução, algo semelhante ao que aconteceu quando o alemão Michael Schumacher entrou no time e reconduziu a equipe ao caminho das vitórias e títulos – hoje a equipe tem se tornado com o passar dos dias motivos de piada, de tão ruim que tem sido o seu desempenho na atual temporada e a forma descendente como operou na temporada passada.
A segunda é que ao que tudo indica a Red Bull não deve abrir mão da AlphaTauri no curto-médio prazo, pois do contrário, não faria esta reestruturação, já que se o interesse fosse vender o time, o faria da forma como está hoje.
Em suma, fecha-se um capítulo histórico na fase recente da categoria, onde um dirigente esteve por tanto tempo no comando de um time, fato que tem sido raro, sobretudo se levamos em consideração o outro time italiano que neste ano já trocou de chefe de equipe...
Vida que segue.
Foto: Divulgação
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