O circuito de Baku costuma proporcionar corridas caóticas e emocionantes, quase sempre com um resultado imprevisível. Uma corrida que nunca repetiu pole ou vencedor. Não se sabe se mesmo o piloto garantindo a pole no sábado estará no pódio no domingo, tudo pode acontecer nesse traçado e estou ansiosa.
Sobre o circuito de Baku
O segundo maior circuito de rua do calendário com a reta mais longa da F1, perdendo apenas para a pista da Arábia Saudita, que tem 6,174km. Seu recorde em corrida: 1min43s009 (Charles Leclerc, Ferrari, 2019).
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A prova terá 51 voltas previstas com uma distância de 6.003km, tendo 20 curvas. O traçado de Baku é um misto da velocidade de Monza com a complexidade de Mônaco. (com certeza é uma das minhas pistas favoritas).
Os pneus e zonas DRS
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Os pilotos terão à disposição os compostos mais macios da gama da Pirelli: C5 (Vermelho) como macios C4 (Amarelo) como médios e C3 (Braco) como duros.
DRS - 2 zonas
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Detecção zona 1: antes da curva 2
Ativação zona 1: entre as curvas 2 e 3
Detecção zona 2: curva 20 (meio da reta)
Ativação zona 2: reta principal
Mas o que queremos ver são as boas disputas entre Ferrari e Red Bull e a Mercedes chegando de fininho no meio. A liderança do campeonato está com Max Verstappen, 125 pontos, contra o 116 de Charles Leclerc. Perez segue na terceira posição com apenas 6 pontos atrás de Leclerc. Russell com 84 e Sainz com 83 completam o TOP5.
Características da pista de Baku
As curvas são lentas como em Mônaco, mas na reta o melhor seria ter uma configuração como Monza. É preciso encontrar um meio termo, mas dando prioridade para asas menores, já que é na reta que acontece a maior parte das ultrapassagens. Porém, é melhor não exagerar, pois pouca asa significa um carro mais nervoso nas curvas, e isso costuma vir junto de uma maior degradação dos pneus na corrida.
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Os freios são muito requisitados, então é importante manter a temperatura sob controle. Ainda mais neste final de semana, em que é esperado muito calor em Baku, com os termômetros perto dos 30ºC. Especialmente para a classificação, isso também significa que as equipes terão de cuidar para não chegar nas últimas curvas com os pneus superaquecidos.
A pista de Baku virou sinônimo de ultrapassagens: nas quatro edições do evento realizadas até aqui, o menor número de manobras foi 42, o que, ainda assim, fica acima das médias das temporadas de 2016 para cá. E, em 2017 e 2018, foi a prova com o maior número de trocas de posição do campeonato.
Curiosidades sobre o GP do Azerbaijão
Na primeira vez que a F1 correu no Azerbaijão, em 2016, a corrida foi chamada de GP da Europa. De fato, o país faz parte do mapa físico da Europa, cuja fronteira mais oriental são os Montes Urais, na Rússia.
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O Azerbaijão é conhecido como a "Terra do Fogo" devido aos depósitos de gás que, em algumas partes do país, geram "fogueiras" naturais. É o caso da montanha Yanar Da?, próxima de Baku, em que as chamas chegam a 3 metros de altura. É das reservas naturais de gás, e também de petróleo, que vem a riqueza do país.
A cidade de Baku é a maior capital do mundo situada abaixo do nível do mar (a -28 metros). A cidade fica na beira do Mar Cáspio, foi fundada no século V a.C. e ainda preserva algumas estruturas medievais, do século XII. Por conta disso, a cidade velha de Baku é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O circuito passa ao lado de uma das muralhas que circundam a cidade velha.
Falando em curiosidade, quem aí lembra em 2018 do "acidente de trânsito" do Hamilton e Vettel? Ou Daniel Riccardo dando em cheio na traseira do Max Verstappen quando os dois eram companheiros? Ou Valtteri Bottas ultrapassando o Lance Stroll na linha de chegada para ficar em segundo? E ano passado, na relargada, Lewis Hamilton errando a configuração no volante e indo reto na primeira curva, assim perdendo a liderança da prova (gatilho para mim e torcedores da Mercedes).
Como acompanhar o GP do Azerbaijão:
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