Ao que tudo indica a Audi irá comprar (se já não comprou) uma boa parcela de ações do time suíço já em 2023, porém, ao invés dela, mesmo se tornando majoritária na equipe cuidar de tudo, cada parte envolvida será responsável por uma fatia do bolo no que diz respeito ao desenvolvimento dos futuros carros.
Assim, a estrutura alemã ficará responsável pela unidade motriz e o câmbio, cabendo ao time suíço o desenvolvimento dos chassis, assim informou hoje Frédéric Vasseur, dirigente do time que hoje corre sob o nome Alfa Romeo.
"Em primeiro lugar vamos dividir completamente as operações. [A Audi] ficará responsável pelo motor em Neuburg e a equipe [Sauber] será responsável pelos chassis e a operação na pista a partir de Hinwil", disse o dirigente francês.
Pode parecer um jeito diferente de agir e gerir a equipe, mas aparentemente é a maneira mais correta de o fazer, pois apesar da Audi ter experiência com automobilismo, na Fórmula 1 quem tem verdadeiramente o know how entre os dois é o time suíço, cujo grupo de funcionários operam o time na categoria há um bom tempo.
“Vejo que é uma boa maneira de operar a equipe e analisámos o que funcionava no passado para outras equipes. Mas o mais importante para mim não é apenas a configuração em termos de ações ou quem está gerenciando quem, é uma questão de mentalidade. Ser capaz de construir em termos de estratégia para ser uma única equipe e não ter ‘equipes’ [internas] lutando umas contra as outras”, concluiu Vasseur.
Se olharmos para outras categorias, como o WEC, por exemplo, vemos que os times, mesmo os de fábrica, operam exatamente desta forma - a Porsche por exemplo deixou a cargo da Multimatic o desenvolvimento dos chassis, mesmo sabendo que ela seria capaz de o construir.
Ao que tudo indica a nova organização que surgirá na Fórmula 1 a partir de 2026 quer maximizar ao extremo as suas capacidades, com o intuito de obter sucesso o quanto antes.
Foto: Divulgação
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