FÓRMULA 1 - DE VOLTA AO GILLES VILLENEUVE


Um circuito histórico, com uma variedade de condições climáticas no final de semana no Canadá, trouxe Max Verstappen da Red Bull Racing largando da ponta, com Charles Leclerc da Ferrari largando da última fila, algo que de certa forma já garantiria uma excelente grande prêmio.


O circuito ficou fora das duas últimas temporadas devido a pandemia mundial da Covid-19 e neste ano o público fez sua parte no que diz respeito ao comparecimento, sendo 338 mil espectadores ao longo de todo o final de semana. 

A Ferrari tinha em Carlos Sainz a esperança de minimizar o estrago que o time taurino vem fazendo ao longo da temporada e, sabendo que seu motor tem perdido confiabilidade ao longo do tempo, talvez isso cause um efeito que até piore a situação do time italiano na competição, fazendo com que não fosse forçado o ritmo, para garantir que ambos carros chegassem ao final. 

Mas, após a largada a coisa foi outra, onde todos sem exceção apertaram forte o sapato da direita. 

Neste sentido a largada foi comportada, sem nenhum incidente e com os carros girando forte, vimos alguns pilotos saírem com a faca nos dentes, buscado reverter maus resultados da qualificação, ou no caso de Leclerc, da perda de lugares pela "grande revisão que foi feita em seu motor". 

Na volta 9 o RB18 de Sergio Perez lhe pregaria uma peça, ocasionando seu abandono e com isto, o acionamento do safety car virtual, algo que fez a equipe taurina imediatamente chamar Verstappen aos boxes, trazendo Sainz neste momento para a ponta da corrida. 

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Na volta 20 praticamente no mesmo ponto onde Perez parou, vimos a Haas de Mick Schumacher apagar e novamente ser acionado o VSC, momento que Sainz aproveitou para realizar sua primeira troca de pneus, o que lhe jogou para o terceiro posto da corrida, ficando atrás de Lewis Hamilton da Mercedes. 

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Enquanto isto nas últimas posições que se pontua a briga era intensa, com as duas Alfa Romeo, as duas Aston Martin, Daniel Ricciardo da McLaren e Yuki Tsunoda da AlphaTauri lutando para permanecer entre os 10 e com isto, levar alguns pontos para casa, algo muito importante numa temporada tão competitiva como está. 

Na volta 43 Leclerc que há algumas voltas tentava sem sucesso ultrapassa Esteban Ocon da Alpine foi chamado aos boxes, porém, uma falha na colocação do pneu traseiro esquerdo, fez com que o monegasco perdesse tempo suficiente para ficar atrás do pelotão de carros que lutavam pela oitava posição, porém, quatro carros lutavam a sua frente. 

Poucas voltas depois foi a vez de Verstappen ir aos boxes e em sua saída, se deparou com Hamilton lado a lado e o duelo tantas vezes visto nos últimos anos, trazia um flashback imenso aos expectadores que acompanhavam a corrida. 

Mas, não houve briga, pois na mesma volta o holandês superou o britânico e assumiu a segunda posição. 

Quando chegamos ao giro 49 na pista canadense, Yuki Tsunoda da AlphaTauri no melhor estilo barbeiragem, entrou de frente na barreira de proteções ao sair dos boxes e causou a entrada do safety car, o que para Sainz caiu como uma luva, já que iria colar em Verstappen e com isto, ter chance real de alcançar a sua primeira vitória. 

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Neste momento Valtteri Bottas da Alfa Romeo finalmente entraria nos boxes, algo que também faria os dois pilotos da Alpine, mas estes já a segunda troca. 

Com o pelotão reagrupado, na volta 55 o safety car saiu de cena e arena estava novamente aberta para as lutas e com isto Sainz saiu a caça de Verstappen,  porém o RB18 é um carro muito bem acertado e mesmo com a asa aberta, a Ferrari não conseguia ultrapassar. 

Enquanto isso lá atrás Leclerc escalava o pelotão e aos poucos chegava ao top 5, com duas grandes ultrapassagens sobre Alonso e Ocon. 

Seguimos até o final da corrida com Sainz muito se aproximando, mas nada de conseguir ultrapassar o holandês - o espanhol deu o seu melhor, mas Verstappen que tem o melhor carro da temporada, faria o mesmo e chegaria a mais uma vitória, com méritos de quem pilotou cirurgicamente. 

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Vimos nesta corrida o britânico Hamilton voltar ao pódio, o segundo nesta temporada, mas isto muito em vista pela desistência de Perez e também pela largada no fundo do pelotão de Leclerc - seja como for, pódio é pódio. 

Claro que seria emocionante ver Sainz alcançar sua primeira vitória, mas a beleza das corridas está no superar os limites, algo que não duvido que o espanhol em algum momento fará.

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Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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