Fotos: Divulgação (Fórmula 1)
Porém, mesmo iniciando o ano com Max Verstappen deitando e rolando sobre a concorrência, parece que uma nova ordem está se formando no pit-lane do atual campeonato e aquela vantagem abissal que os bulls tinham no início da temporada, vem sendo diluída, desafiada e inclusive ameaçada.
No ano passado o time austríaco deixou de vencer apenas uma corrida durante toda a temporada, mas neste ano, com apenas nove etapas (de 24) passadas, três corridas já foram vencidas por adversários, sendo uma pela Ferrari (Carlos Sainz, Austrália), outra pela McLaren (Lando Norris, Miami) e novamente a Ferrari (Charles Leclerc, Mônaco), onde na última corrida realizada na Espanha no final de semana passado, o jovem britânico da equipe de Woking por pouco não venceu - falhou na largada, mas no final da corrida chegou muito próximo do holandês vencedor, fulminando pouco a pouco uma imensa vantagem do ponteiro.
Além destas duas equipes que já provaram ser possível vencer a Red-Bull Racing, a Mercedes parece ter achado o norte para onde aponta o desenvolvimento do carro e assim, os resultados podem começar aparecer com mais frequência, com Lewis Hamilton indo ao pódio pela primeira no ano com o terceiro lugar e George Russell vindo imediatamente atrás, ambos com solidez nos resultados e aparentemente com grandes possibilidades de repetir e até mesmo melhorar o feito.
É claro que a equipe austríaca continua firme e forte na frente, mas se olharmos a tabela de pontuação da temporada, não há mais um fosso entre Verstappen e os demais pilotos, nem tão pouco no mundial de construtores entre a Red-Bull e os demais times.
Porém, havemos de considerar que a Red-Bull ainda não colocou a mão na massa de verdade quando o assunto são atualizações para o RB20, o que num futuro próximo pode ser um grande banho de água fria na concorrência, se alterações no carro os colocar novamente sendo visto de longe pelos demais pilotos - Verstappen acostumou-se a ver os adversários a distância no retrovisor e é bem verdade que as imagens em seus espelhos estão maiores ultimamente, mas não podemos duvidar do potencial e capacidade da equipe, que por mérito exclusivamente deles dominam o certame atualmente.
DE OLHO NOS PONTOS
Verstappen vai pisar em solo austríaco com 219 pontos acumulados, 69 a mais que Norris e 71 adiante de Leclerc, porém havemos de considerar que nas últimas quatro corridas ele não foi o detentor da melhor volta e com isto, não ganhando o ponto extra - pode parecer pouco estes simples quatro pontos a mais não acumulados, porém é a mostra de que os demais times estão apertando o sapato no pedal da direita no sentido de entregar aos seus pilotos um carro melhor e mais combativo, ou na pior das hipóteses, capaz de ser por uma única volta mais rápidos.
Se olharmos agora para o mundial de construtores a diferença é de 60 pontos para a Ferrari e 93 para a McLaren e neste ponto podemos destacar dois quesitos que impediram que esta distância não seja mais curta (ou maior): no Canadá a Ferrari não pontuou e a McLaren teve um início de temporada fraco, porém, o fator Sergio Perez tem contribuído de forma negativa para sua própria equipe, já que ao longo dos últimos quatro GPs, marcou apenas oito pontos, ao passo que Verstappen conquistou 83.
E além disso, mesmo tendo o melhor carro do grid (duvido que o RB20 de Verstappen seja melhor que o do mexicano), Perez ainda não venceu neste ano e ao que parece, não está muito próximo disto.
Mas há uma outra imagem que neste imenso prisma que a Fórmula 1 tem, se esconde em uma de suas faces: claro que olhando apenas para a Red-Bull, estamos vendo sua vantagem que ainda é grande, cair, mas ao mesmo tempo vemos Verstappen de maneira sólida sempre levar uma boa soma de pontos para sua garagem (exceção para Austrália onde zerou e Mônaco com apenas oito pontos), onde os demais pilotos estão brigando entre si, mas apenas diluindo a vantagem do time e a dele, que ainda são grandes.
Ou seja, com a Red-Bull e Verstappen na frente e mantendo ainda uma boa vantagem, não podemos descartar a hipótese de ambos sagrarem-se campeões por uma pequena margem de pontos em ambos os campeonatos, com as distancias entre o segundo e o quarto colocados se tornando ainda menor entre si.
Olhando a temporada agora, com apenas nove etapas passadas, podemos ainda dizer que campeonato está aberto, tendo os bulls como prováveis campeões, mas bastará apenas uma mexida no carro austríaco dando uma estilingada na frente, para pensarmos que teremos campeões repetidos de um ano para o outro novamente.
Sendo assim, façam suas apostas!
Conteudo Motorsport. Automobilismo com contéudo!
Compartilhe esse post: