Fórmula 1: Ferrari em franca evolução


A Ferrari, a equipe mais tradicional da Fórmula 1, vive nos últimos anos um enorme déficit de desempenho, onde a situação só não é pior porque dispõe de dois pilotos muito bons em seus cockpits.


Mas, ao que tudo indica a tão esperada luz no final do túnel tem se tornado mais brilhante e próxima, sobretudo após os GPs da Turquia e da Rússia, onde a scuderia estreou um novo sistema de recuperação de energia, cuja eficiência parece representar um salto para o time italiano. 

É bem verdade que não foi possível avaliar com exatidão se o novo sistema é realmente mais eficaz, pois as duas corridas em questão se deram com condições climáticas que impediram utilizar com mais afinco seus benefícios, mas seus predicados podem sinalizar que realmente a equipe vermelha desenvolveu algo realmente eficiente. 

O sistema consiste de uma nova pilha de energia, que deixa de ser uma bateria de íon-lítio e passa a ser do tipo estado sólido, o que além de trazer uma redução na dimensões do elemento, estima-se que seja capaz de gerar os dobro dos atuais 400V, pois trata-se de um implemento com maior densidade energética, o que se traduz num sistema que carrega mais rapidamente e sendo assim, o piloto tem energia extra disponível mais rapidamente e com isto, mais potência. 

Além desse fator, o novo sistema é cerca de 2 Kg mais leve, o que se para alguns é pouco, vale lembrar que até o tipo de tinta utilizada para pintar as carenagens é levado em consideração quando o assunto é redução de peso. 

Sendo assim, a Ferrari conseguiu um sistema que com a redução de peso, pode impactar na redução de consumo dos pneus, por exemplo, algo que tem sido um dos calcanhares de Aquiles da equipe, devido ao arrasto aerodinâmico elevado do carro (entre outros fatores). 

E há outro fator também que deve ser levado em consideração: estima-se que o novo sistema permita um acréscimo de 10 cv na potência da unidade motriz do SF21, o que é um grande passo para o futuro, sobretudo para a próxima temporada, onde terá um motor mais equiparado às unidades da Mercedes e da Honda, que acredita-se ter cerca de 25 cv a mais que unidade de potência vermelha, antes desta evolução do sistema. 

Se os dados estiverem corretos, ainda não veremos a Ferrari brigando pela ponta da tabela, mas seguramente ela e a McLaren protagonizaram um grande duelo até o final da temporada, o que já é um grande alento para os torcedores da equipe.

Fotos Scuderia Ferrari

Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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