FÓRMULA 1 - FIA APROVA REGULAMENTO PARA NOVAS UNIDADES DE MOTORES


Depois de muitas idas e vindas, alguns obstáculos vencidos, enfim os novos regulamentos para os motores que equiparão os carros da Fórmula 1 a partir de 2026 foram aprovados pela Federação Internacional de Automobilismo, a FIA.


As idas e vindas e obstáculos a serem transpostos se deram devido ao fato das fornecedoras de motores, que atualmente são quatro, Alpine, Ferrari, Mercedes e Red Bull Powertrains, precisavam se comprometer com o novo norte que a categoria busca, onde parte dele está totalmente ligado com a sustentabilidade e a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa.

“A introdução de unidades de potência com tecnologia avançada, juntamente com combustíveis sintéticos e sustentáveis, alinham-se com o nosso objetivo de proporcionar benefícios para os usuários de automóveis de ruas e cumprir o nosso objetivo de utilizar combustíveis 100% sintético até 2030. A Fórmula 1 desfruta atualmente de um grande crescimento e estamos confiantes de que estes regulamentos vão de encontro ao interesse dos expectadores”, disse Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA.

O QUE MUDA A PARTIR DE 2026

A grosso modo, os novos motores a combustão interna manterão a arquitetura de seis cilindros em V com 1.6 Litros, alta potência e alta rotação, porém passam a ser abastecidos com combustível 100% sintético, auxiliados pela unidade elétrica que fornecerá até 50% da potência simultaneamente.

Pensando em reduzir custos e normatizar o maior volume de componentes possível (que poderão ou não ser desenvolvidos e fornecidos por um único fabricante), o MGU-H e alguns de seus componentes auxiliares foi extinto – ou seja, o sistema que aproveita o movimento da turbina para gerar energia que é acumulada nas baterias, deixa de existir e com isto, uma boa parcela dos custos das unidades de potência será reduzido, bem como parte da complexidade das mesmas.

O MGU-K, sistema similar ao KERS, que acumula energia das frenagens, permanece inalterado, porém melhorado para permitir um resgate e acúmulo maior de energia – sua concepção permanece a mesma, porém com melhorias para privilegiar o desempenho.

Apenas para exemplificar e claro, não estamos falando de uma mesma geração de motores, as novas regulamentações para as unidades de potência preveem que a redução no consumo de combustível dos novos carros, se comparado aos motores utilizados em 2013, será de cerca de 50%, que é um avanço imenso, sobretudo quando se fala na redução de gases que causam o efeito estufa, por exemplo.

Além destas mudanças, a nova regulamentação abre efetivamente as portas para novos fornecedores de motores, como Audi e Porsche, que sondam a categoria e tudo leva a crer que a partir de 2026 estarão no grid da categoria, sejam como parceiras de times que já estão no grid, sejam como equipes novas.

Em suma, a Fórmula 1 a partir de 2026 entrará efetivamente na “pegada verde” que está tão em moda no mundo, mas acima disso, está criando meios para se tornar mais atrativa para novas montadoras, interessantes para quem assiste e acima de tudo, atrativa para as novas gerações.

Fotos: Divulgação


Márcio de Luca

Autor

Márcio de Luca

TAGS:
formula1
f1
f12026
fia
novosmotores
novasregras
newera
engine
audi
porsche
f1nally