FORMULA 1 - LECLERC É POLE! A CLASSIFICAÇÃO DO GP DO BAHREIN
Ao que parece, o terceiro treino livre para a o GP do Bahrein foi uma radiografia não exata, mas com bons indícios do que seria a qualificação.
Quase que sem surpresas, ainda que seja algo estranho, Daniel Ricciardo da McLaren deu adeus à classificação logo no Q1, confirmando a má fase do australiano e do time neste início de temporada, mostrando que a "fase de adaptação" continua neste ano.
Lá na frente as Ferraris pareciam cada vez mais a vontade dentro da pista, fazendo um 1-2 com Charles Leclerc e Carlos Sainz na ponta da tabela de tempos, com Max Verstappen da Red Bull Racing em terceiro.
Decepção no Q1 ficou por conta de Riccardo que foi eliminado. Reprodução Twitter/McLaren
Ao final do Q1, os dois Aston Martin ficaram de fora, Yuki Tsunoda (AlphaTauri) e Nicholas Latifida Williams tomaram o mesmo caminho.
A boa notícia foi o fato de Alfa Romeo e Haas não terem o menor trabalho para passarem ao Q2, fato que não se via há um bom tempo.
Seguimos então para o Q2 e a polarização vista até aqui no final de semana se fez presente, com Red Bull e Ferrari brigando pelo topo.
Desta vez foi Verstappen quem liderou a tabela de tempos e como se fosse um filme de suspense com ares de terror, a Mercedes passou bem longe de ser a protagonista de outrora na categoria - não tiveram dificuldade de avançar as fases, mas passaram sempre longe de estar no topo.
Haas vem tendo um inicio de ano muito bom. Reprodução Twitter/Haas F1 Team
Ao final do Q2 ficaram de fora Esteban Ocon (Alpine), Mick Schumacher (Haas), Lando Norris (McLaren), Alex Albon (Williams) e Guanyu Zhou (Alfa Romeo)
Seguimos então para o Q3 e tão logo os boxes foram abertos, as duas Mercedes já foram pra pista, sendo seguidos pelas duas Ferraris - na verdade apenas Kevin Magnussen da Haas, Fernando Alonso da Alpine e Valtteri Bottas da Alfa Romeo se mantiveram em suas garagens.
Logo de cara ao término da primeira bateria de voltas rápidas uma constatação dura se fez: a Mercedes não é mais aquela máquina de moer adversários de outros tempos, ficando a quase 1s5 de distância da ponta, o que demonstra que o W13 apesar de revolucionário, parece não ser bem nascido.
Hamilton não esta nada feliz com o ritmo do W13. Reprodução Twitter/AMG Mercedes
Seguiu-se para a segunda rodada de voltas rápidas e a Ferrari que estava na ponta com Sainz e Leclerc, manteve a força em alta, com o monegasco do time cravando a melhor volta do final de semana e levando a pole position com o tempo de 1m30s558.
Verstappen tentou e vinha muito forte, porém ao final da volta, ficou a 0s123 da ponta, com Sainz vindo logo atrás em terceiro apenas 0s006 do holandês da Red Bull.
Em meio a tantas novidades, Bottas e Magnussen colocaram seus times de forma sólida no Q3 e saem para a primeira corrida entre os 10 primeiros, algo impensavel nos últimos anos, mas realizado brilhantemente nesta nova fase da Fórmula 1.
Verstappen foi surpreendido por uma ótima Ferrari em pista. Reprodução Twitter/Red Bull Racing
Hamilton ainda conseguiu se segurar no top 5, ficando a pouco mais de 0s6 da ponta e Russell foi superado até mesmo por Bottas, quem lhe cedeu assento numa Mercedes muito diferente da que ele sonhou.
Em suma, amanhã veremos de verdade uma luta na primeira volta que foi iniciada há mais de 10 anos nos tempos de kart entre Leclerc e Verstappen - inicia-se uma nova fase na Fórmula 1 e ao que parece, a correria ao longo do ano vai ser imensa.
Ponto para a Liberty Media e à FIA, pois com os novos regulamentos tivemos na primeira classificação nada menos que sete times diferentes no Q3, o que mostra que a mexida no tabuleiro foi real e tudo leva a crer que teremos um campeonato de tirar o fôlego.
Sendo assim, que venha a corrida!
Grid de largada para o GP do Bahrein. Reprodução Twitter/F1
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Autor
Márcio de Luca
