FÓRMULA 1 - O GANHA E PERDE DE SINGAPURA


Com um final de semana extra-molhado para os padrões da categoria, o GP de Singapura salvo raras exceções, foi uma procissão motorizada com pouco brilho, com emoções apenas nos momentos onde algum piloto dava uma escapada.


Sergio Perez da Red Bull Racing decidiu a corrida na largada, pois ao saltar na frente minou todas as possibilidades de um fraco Charles Leclerc (Ferrari) reassumir a ponta, que foi sua até antes do apagar das luzes vermelhas.

Sergio Perez. Divulgação

Os riscos eram grandes e literalmente quem saia do trilho "era punido", com Lewis Hamilton e George Russell (Mercedes), Max Verstappen (Red Bull Racing), Yuki Tsunoda (AlphaTauri), entre tantos outros, que viram seus carros seguir a direção oposta ao que o volante desejava.

Foi a corrida onde houve a comprovação que Nicholas Latifi (Williams) não merece um lugar no grid da categoria, pois ao tirar Guanyu Zhou (Alfa Romeo) da prova quando estavam em disputa por posições, sua desculpa para o feito foi "não ter visto o chinês", algo no mínimo desproporcional para quem está num carro que atinge mais de 300 Km/h.

O GP de Singapura foi uma ocasião para que Alpine perceba que precisa refazer sua lição de casa e reforçar seus estudos, pois mais uma vez seus carros pararam em pista devido a falha de motor, algo já bem superado por seus concorrentes, que possuem unidades de potência mais confiáveis e inclusive mais potentes.

Com as Alpines de fora, quem se deu bem foi a Aston Martin e melhor ainda a McLaren, ambas com seus dois caros na zona de pontuação, com o saldo sendo mais positivo para a equipe dos carros laranja, que ultrapassou o time francês no mundial de construtores e Lando Norris sedimenta seu sétimo lugar no mundial de pilotos, ou o primeiro lugar “do campeonato dos outros”.

Daniel Riccardo e Lando Norris. Divulgação

Lá no fundo do grid a AlphaTauri encostou na Haas, com as duas equipes agora empatadas com 34 pontos, porém ambas foram ultrapassadas pela Aston Martin, que agora tem três pontos a mais e dá um bom respiro no mundial de construtores, pulando de 25 para 37 pontos.

Em suma foi uma corrida que em termos de campeonato mostrou mais do mesmo, pois mesmo Leclerc terminando bem a frente de Verstappen, sua desvantagem é superior a 100 pontos, porém a maior derrotada foi a Mercedes, que viu a vantagem do time italiano alargar e com isto, as chances de um vice-campeonato de construtores tornam-se mais remotas.

Leclerc continua em segundo no mundial de pilotos, porém a cada corrida Perez tem debitado alguns pontos de sua margem, que agora é de apenas dois, o que pode instigar o mexicano a dar a sua equipe um 1-2 no campeonato, o que poderia ser o seu passe para a renovação por mais um ano com o time, que tem em Verstappen a estrela da casa, mas que sabe como todos que o mundial de construtores é vencido pela soma de pontos dos dois carros.

Max Verstappen e Sergio Perez. Divulgação

Agora a caravana da Fórmula 1 parte agora para o Japão, casa da Honda e local onde Max Verstappen pode sacramentar seu segundo título mundial, o que para os japoneses seria a cereja do bolo, já que neste ano, diferente do campeonato de 2021, o mundial de construtores será da Red Bull Racing e este sim para os nipônicos será um triunfo completo.


Márcio de Luca

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Márcio de Luca

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