Com três treinos livres onde ao que parecia os bulls estavam escondendo o jogo, eis que os carros foram para a pista tão logo as luzes verdes se acenderam.
Diferente das sessões livres, está uma hora de classificação não permite a nenhum time ou piloto perder tempo em suas garagens, o que de imediato criou uma longa fila de carros buscando sair dos boxes.
Q1: ELIMINADOS ESPERADOS
Pelo balanço de força na última temporada e o que foi apresentado na pré-temporada, alguns nomes eram quase que conhecidos, sobretudo, pelas declarações de alguns pilotos, caso de Pierre Gasly da Alpine, que largará em último amanhã, algo que ele ventilou na imprensa dando conta que havia muito o que se fazer dentro do time francês neste ano.
Largam em 16° e 17° as duas Sauber, com Valtteri Bottas e Zhou Guanyu respectivamente, seguidos de Logan Sargeant da Williams e Esteban Ocon da Alpine.
Nenhuma surpresa neste ponto da classificação, onde o único senão vai para a Sauber, que aparentava ter um pouco mais a oferecer.
Q2: ALGUNS NOMES JA ESPERADOS CAIRAM
Tal como ocorreu em 2023, ao que parece, o pelotão intermediário desta temporada será o mesmo neste ano, o que vale também para as diferenças entre as duplas de pilotos, onde diversos pilotos vão ficando pelo caminho, porém chega-se ao Q3 um expressivo número de equipes.
Ou seja, metade do time consegue ir além e a outra metade, que aparenta ter menos talento, caem pelo caminho.
O time B da Red Bull mostrou sua força, dando a impressão de uma clara melhora frente ao ano passado, mas ainda assim seus dois pilotos foram eliminados nesta fase da qualificação, com Yuki Tsunoda largando do 11° posto e Daniel Ricciardo do 14°.
Lance Stroll diluiu o poder da Aston Martin no Q3 e vai largar do 12° posto, seguido de Alexander Albon da Williams, que nos faz crer que o time de Grove não regrediu em relação ao ano passado.
Fechou o Q2 Kevin Magnusen da Haas, o que pode ser visto como um alívio para o time dos EUA, haja visto que seu companheiro de equipe seguiu em frente rumo ao top 10 e era esperado que a Haas estivesse no fundo do pelotão neste ano, o que parece não ser verdade.
Q3: QUEM TINHA MAIS GARRAFAS GUARDADAS
Como era de se esperar, Max Verstappen andou guardando o seu melhor para o dia de hoje, deixando claro que até então vinha escondendo parte do jogo - parte, porque a diferença não foi tão assustadora como era esperado.
Sabendo ser o início da temporada, as diferenças não parecem ser tão grandes, porém a capacidade da Red Bull se melhorar ao longo do campeonato além dos concorrentes, é o que faz com que o time austríaco se mova rapidamente em sua fábrica em Milton Keynes na Inglaterra e pouco a pouco torne a diferença para os demais times um hiato no tempo.
Dito isto, a primeira pole position do ano ficou com Verstappen, que já em sua primeira volta rápida nesta fase da classificação mostrou sua força, ficando à frente de todos os demais pilotos.
A Ferrari que mostrou uma grande evolução na pré-temporada, manteve a alcunha de segunda força, onde tanto Charles Leclerc, segundo colocado, como Carlos Sainz, o quarto, mostraram que possuem credenciais para desafiar o piloto holandês ao longo do ano.
George Russell colocou a Mercedes no terceiro posto do grid, enquanto Hamilton ficou seis posições atrás, o que leva a crer que o W15 é um carro bem nascido.
Sergio Perez colocou o segundo RB20 no quinto posto e ainda que pareça muito distante de Verstappen, os pilotos andaram muito próximos, ficando o mexicano a apenas 0s358 da ponta, o que não é uma grande diferença.
O espanhol Fernando Alonso fez a sexta marca do dia e colocou a Aston Martin não apenas dentro do top 10, mas seguramente no grupo que deve dar trabalho a Verstappen e a Red Bull Racing.
Já as McLaren tomaram a quarta fila para si, onde se não apresentaram aquele desempenho de assustar, cumpriram bem o seu papel e ao que tudo indica, podem brigar no campeonato pelo terceiro lugar do mundial de construtores, ainda que seja muito cedo para fazer qualquer previsão deste tipo - Lando Norris fez o sétimo tempo e Oscar Piastri garantiu a oitava marca.
Fechou o top 10 o alemão Nico Hulkenberg, mostrando que sua grande habilidade em qualificação se mantém intacta e ao que parece, será mais um ano que terminará à frente do seu companheiro de equipe.
O que podemos tirar de conclusão desta qualificação é que aparentemente os times estão mais próximos, pois apenas meio segundo separou o primeiro do nono colocado, o que demonstra que teremo um início de temporada mais embolado ou talvez, homogêneo.
Mas, seja como for, o mundo assistiu o início da temporada começar da forma que o campeonato do ano passado encerrou e, mesmo que já tenha sido uma bola cantada, havemos de ver como se desenrola o ano, pois diferente de 2023, nesta batalha que se inicia amanhã, tudo leva a crer que teremos um campeonato mais competitivo.
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Foto: Fórmula 1
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