Desta forma, vamos passar um pente fino em cada time e ver o quanto sua dupla trabalhou para o sucesso da equipe no mundial, que está a uma etapa do seu encerramento.
Red Bull Racing: Max Verstappen acumula até agora 429 pontos, sendo 59,7% do que a equipe somou – Sergio Perez soma 290, ou 40,3% dos 719 pontos acumulados pela equipe, que pode ainda levar o vice-campeonato de pilotos.
Ferrari: no balanço de pontos do time vermelho Charles Leclerc contribui com 55,3% dos pontos da equipe ao acumular 290, tendo Carlos Sainz somado 234 pontos, ou 44,7% dos 524 acumulados pelo time.
Mercedes: o time alemão soma 505 pontos e destes, George Russell ajudou a equipe com 265, ou 52,5% do total. Já Lewis Hamilton, que neste ano está sendo batido pelo seu companheiro de equipe, soma 240 pontos, ou 47,5% do total, sendo esta a segunda dupla mais equilibrada da temporada.
Alpine: o time francês vem sedimentando sua quarta colocação no mundial de construtores ao acumular 167 pontos e destes, Esteban Ocon soma 86 pontos, sendo responsável por 51,5% do total da equipe, onde o veterano Fernando Alonso acumula até então 81 pontos, ou 48,5% do total, sendo esta a dupla mais parelha entre os dez times.
McLaren: dado o mau ano que vive o australiano Daniel Ricciardo, que soma apenas 35 pontos, o que lhe custou o assento para a próxima temporada, nesta dupla a discrepância na colaboração dos dois pilotos é bem grande, sendo este responsável por apenas 23,6% do total de 148 pontos que a equipe acumula. Já Lando Norris responde por 76,4%, ou 113 pontos totais, tornando-se ao longo dos anos a tábua de salvação da equipe.
Alfa Romeo: apesar da grande disparidade de pontos entre a dupla de pilotos do time italiano, que conta com o veterano Valtteri Bottas e o estreante Guanyu Zhoe, aqui há um ponto positivo que pode ser observado: o chinês tem seis pontos e mesmo sendo pouco, apenas 10,9% dos 55 que a equipe acumula, não podemos descartar a contribuição do novato. Bottas soma 49 pontos, ou 89,1% do total da equipe, porém, o finlandês já tem muitos km acumulados na Fórmula 1 e sendo assim, era o mínimo que poderíamos esperar dele.
Aston Martin: o time britânico padece de um problema que mesmo sabendo que Sebastian Vettel dará adeus ao time logo mais e em seu lugar entrará outro competente piloto, o cockpit “permanente” não tem quem consiga ajudar muito a equipe - falo de Lance Stroll, filho do patrão do time, alguém que não tem conseguido ao longo dos anos mostrar a competência que se espera: hoje o canadense acumula 14 pontos, contra 36 do alemão, sendo respectivamente 28% e 72% dos 50 pontos acumulados pelo time.
Haas: outra equipe que tem uma dupla que não tem sido tão par, ainda que diferente da Aston Martin, um dos dois pilotos é jovem e não acumula ainda tanta experiência na Fórmula 1 (bem como não tem ou teve um ótimo carro), porém em termos de contribuição efetiva para a equipe, sua porcentagem é melhor: Mick Schumacher, que está com a “cabeça a prêmio” soma 12 pontos (dois a menos que Stroll, por exemplo) e responde por 32,4% dos 37 pontos que a equipe soma. O restante vem de Kevin Magnussen, que tem 25 pontos até aqui, ou 67,6% do total do time.
AlphaTauri: está ai um time que não funcionou bem este ano, pois mesmo estando a apenas dois pontos da Haas, a oitava colocada no mundial de construtores, a equipe parece não ter grandes condições de ultrapassar o time estadunidense: os italianos acumulam 35 pontos e deste total Pierre Gasly responde por 23 pontos, ou 65,7% da soma geral. Já Yuki Tsunoda tem os mesmos 12 pontos de Schumacher, ou 34,3% do acumulado da equipe.
Williams: já há vários anos na rabeira da competição, a Williams novamente é a última colocada no mundial de construtores e tem apenas oito pontos, sendo que destes Alexander Albon tem a maior soma, quatro, ou 50% do total do time. Já Nicholas Latifi, que dá adeus a Fórmula 1 em Abu Dhabi tem apenas dois pontos, ou 25% do total e é ai que a coisa fica feia para o canadense: Nyck de Vries substituiu Albon no GP da Itália e mesmo sendo sua primeira corrida na categoria, somou dois pontos, mostrando que mesmo o FW44 não sendo a oitava maravilha do mundo, é um carro que tendo um mínimo de talento, é possível pontuar.
Temos ainda uma corrida pela frente, com 102 pontos disponíveis para as equipes e, mesmo que o balanço de forças não mude muito após Abu Dhabi, ainda podemos ter algumas surpresas no setor intermediário da disputa entre equipes e pilotos, o que pode acirrar algumas brigas no próximo ano, ou suscitar brigas novas na futura temporada.
Além deste desenrolar na intermediária do pelotão, há ainda a luta pelo vice-campeão do mundial de pilotos, onde Leclerc e Perez lutam pela posição, sabendo que a ajuda dos companheiros de equipe pode ser vital para a conquista de segundo melhor piloto do mundo.
De certo o que temos é que alguns pilotos são capazes de literalmente tirar leite de pedra, enquanto outros, mesmo tendo uma vaca nas mãos, são obrigados a beber café amargo e sem leito, por incapacidade de fazer algo melhor com o que tem em mãos.
Vida que segue e a Fórmula 1 sendo a Fórmula 1 de sempre.
Segue o baile...
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