Salvo alguns leves toques na parte final do grid entre alguns carros e a vacilada de Lando Norris da McLaren, a largada foi muito tranquila, sobretudo se levarmos em consideração a primeira curva desta excelente pista italiana, que tem um forte freada e geralmente acontece alguns acidentes.
Leclerc segurou bem a ponta, tal como George Russell da Mercedes a segunda posição e logo de início Max Verstappen da Red Bull Racing já chegava na terceira posição, muito rapidamente assumindo a segunda dado a sobra de rendimento do carro austríaco frente ao alemão.

Charles Leclerc. Divulgação Ferrari
Na décima segunda volta o Aston Martin de Sebastian Vettel viu seu motor levantar fumaça, obrigando o piloto alemão a encostar seu carro, ocasionando um safety car virtual, fazendo com que Leclerc na volta seguinte fosse aos boxes para troca de pneus, caindo então para a terceira posição.
A esta altura da corrida víamos Carlos Sainz da Ferrari, que havia largado do 17° posto ocupar a quarta posição, mostrando toda perícia e talento do piloto espanhol, sobretudo se comparado ao rendimento de Sergio Perez da Red Bull Racing, cujo carro apresentou problemas no início da corrida e que naquele momento era apenas décimo.

Carlos Sainz. Divulgação Ferrari
Na volta 26, praticante metade da corrida, Verstappen foi chamado aos boxes e com isto Leclerc poderia voltar a ponta da corrida, uma vez que Russell também já havia parado. Mas não foi o caso, pois o piloto do RB18 #1 se manteve na ponta.
Na intermediária Lewis Hamilton da Mercedes caçava Fernando Alonso da Alpine em busca da sexta posição, ultrapassagem consumada na volta 27, onde vale lembrar que o britânico largou da décima nona posição devido a troca da unidade potência do W13.

George Russell. Divulgação AMG Mercedes
Na trigésima primeira volta Sainz finalmente vai aos boxes e com isto cai de terceiro para oitavo, porém valendo lembrar que alguns pilotos à sua frente também ainda não haviam parado, casos de Alonso, Hamilton e Norris, onde destes, nesta mesma volta o espanhol da Alpine abandonaria a corrida.
Na volta 34 Leclerc iria novamente aos boxes e calcária em seu carro borrachas vermelhas, buscando desta forma chegar ao final da corrida em condições de brigar pela ponta com Verstappen, que se mantinha absoluto na frente.

Max Verstappen. Divulgação Red Bull Racing
Como as estratégias de paradas foram muito variadas em função das posições que muitos pilotos largaram (devido às punições de grid por troca de partes do trem de força), vimos neste GP da Itália um grande volume de ultrapassagens, com excelentes e interessantes brigas.
Na volta 42 tínhamos o estreante holandês Nick de Vries da Williams ocupando a décima posição, o que além de levar para a equipe um ponto, mostrava o quão talentoso é o jovem piloto.
Na volta 47 Daniel Ricciardo da McLaren perdia rendimento e encostava seu carro na lateral da pista, ocasionando a entrada do safety car e com isto, uma imensa romaria se criava no caminho dos boxes, mas como efeito direto, agrupava todos os pilotos restando poucas voltas para o final da corrida.

Daniel Riccardo. Divugação F1
Mas, ao contrário do que se pensava, não houve briga nas últimas voltas da corrida, pois a mesma foi encerrada com o Aston Martin V12 AMR conduzindo o pelotão até a última volta, dando ao holandês Max Verstappen da Red Bull Racing sua trigésima primeira vitória na carreira, a décima deste ano.
Foi um total anticlímax, porém, mostrando o quão forte o time austríaco se tornou neste ano, que mesmo antes da entrada do carro de segurança, já segurava com absoluta propriedade a ponta da corrida.
Bom mesmo foi a corrida para de Vries, que estreou com dois pontos na caderneta e pode se firmar como um potencial ocupante do grid em 2023.

Nick de Vries. Divulgação
Também foi uma boa corrida para Russell, que mais uma vez foi ao pódio, ao encerrar a corrida na terceira posição, mostrando a grande regularidade do piloto e equipe, que mesmo não lutando pela ponta, se mantém viva no mundial de construtores na luta pela vice-liderança da competição.
Enfim, a corrida na casa da Ferrari serviu de palco para a primeira vitória de Verstappen em Monza, mostrando o quão irônico pode ser o destino.

Resultado do GP da Italia. Divulgação F1
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