INDYCAR – McLAUGHLIN VENCE EM ST. PETERSBURG


Em uma corrida que a estratégia de pneus foi a tônica das estratégias, Scott McLaughlin fez prova cerebral e suportou uma forte pressão no final de Alex Palou e venceu pela primeira vez na Formula Indy. Hélio Castroneves terminou a prova em 14º.


E começa a temporada da Formula Indy!

McLaughlin que largou da pole – a primeira de sua carreira – manteve a ponta enquanto seu companheiro de equipe Will Power acabou largando mal. Quem largou bem foi Colton Herta que passou Power e chegou a colocar o carro lado a lado com o #3 da Penske, mas ficou mesmo na segunda posição. Rinnus Veekay também aproveitou a má largada do australiano da Penske e foi para terceira posição. Grosjean mais atrás chegou a colocar o carro ao lado de Power mas ficou mesmo em quinto.

Mais atrás Alex Palou e Scott Dixon fizeram uma largada com muito cuidado e se asseguraram em sétimo e oitavo. Após as primeiras voltas já era possível ver a evolução de alguns pilotos como por exemplo, o terceiro colocado do campeonato passado, Pato O’Ward que tinha largado de 16º e já era nono colocado.

O inicio da prova mostrou uma tendência que seria forte no restante da prova: o forte desgaste de pneus vermelhos. Isso se mostrou notório no momento em que várias equipes chamaram seus pilotos para os boxes para troca de pneus, como por exemplo, Jack Harvey que foi chamado já na volta 9 sendo seguido nas próximas voltas por Castroneves, Rosenqvist e Newgarden. Dixon que vinha no pelotão da frente parou na volta 12 enquanto Pato O’Ward parou na 13. A necessidade de usar os pneus moles se mostrou dramática em termos de desempenho para vários carros e por esse motivo, a maioria dos pilotos trataram de cumprir a obrigação do uso desses compostos o mais rápido possível.

No entanto, mais a frente, McLaughlin e Herta se mantinham a frente, fazendo seus compostos macios durarem o máximo possível já pensando na estratégia no final da prova. Enquanto isso mais atrás, Marcus Ericsson e Rinnus Veekay disputavam posição. O holandês também tentava fazer seus pneus macios durarem o máximo possível, mas a queda de rendimento do seu Carpenter era muito grande. Além de Ericsson, Grosjean e Palou também acabaram passando o carro #21. A Carpenter percebendo que era impossível para seu piloto as condições que estavam seus pneus macios, o trouxeram para os boxes na volta 22 e colocaram compostos duros.

Poucas voltas depois Will Power que já tinha feito sua parada nos boxes, vinha com um melhor desempenho e passou por Colton Herta que já sofria com problemas de pneus. Então, o novato David Malukas acabou batendo na curva 3 causando a intervenção do safety-car.

Relargada embaralhada pela estratégia de pneus

Rossi vinha até então fazendo uma prova apagadíssima. Mas a Andretti fez uma ousada e arriscada estratégia ao manter o piloto do #27 na pista com pneus desgastados. Dixon era segundo após ótimo trabalho da estrategista equipe Ganassi assim como Pato O’Ward que também com grande trabalho estratégico era terceiro. Newgarden era quarto enquanto Pagenaud era quinto. Os ponteiros até antes da bandeira amarela, McLaughlin era 12º, Power era 13º, Herta era 14º enquanto Veekay era 15º.

Herta perdeu a posição para Rahal mas a recupera logo em seguida. Power perde a posição para Palou que agora está atrás de McLaughlin. Pouco depois Herta também pressiona e passa por Power que novamente vem sofrendo com problemas de desgaste de pneus sem seu carro. Após algumas voltas tentando se manter na pista com pneus em péssimas condições, Rossi entrou nos boxes na passagem 38. Dixon herdou a liderança tendo Pato O’Ward em segundo com Josef Newgarden em terceiro.

Dixon se manteve a frente em vários momento na base de estratégia de pneus. Reprodução Twitter CGR

Dixon vinha mantendo a frente e na volta 49 ele para nos boxes e na volta vai para 11ª posição. O TOP-5 da prova nesse momento então era, Veekay, McLaughlin, Palou, Herta e Power. Na volta 62 Veekay faz sua parada para troca de pneus e McLaughlin assume a ponta. Na volta 64 na tentativa de um “undercut” sobre McLaughlin, Herta faz sua parada nos boxes. No entanto a equipe Andretti acaba se atrasando com uma das rodas e o piloto acabou perdendo tempo. A Penske agiu rápido e chamou o líder para sua ultima troca de pneus. Na volta a pista, o McLaughlin volta a frente de Herta. Mais a frente Palou faz sua parada nos boxes e volta atrás do Penske #3 e a frente de Herta.

Dixon que vinha novamente a frente vinha abrindo uma diferença que o permitiria disputar a vitória no final. No entanto, Dalton Kellet aparecia na transmissão em uma área de escape e uma possível bandeira amarela poderia ser acionada. Isso fez com que a McLaren chamasse Pato O’Ward aos boxes, para se aproveitar da entrada do carro de segurança e lhe permitir disputar a parte final da prova com pneus macios que seria uma grande vantagem. Mas ao mesmo tempo que Pato entrou nos boxes, Kellet conseguiu voltar com seu carro para a pista frustrando os planos da equipe McLaren. O’Ward agora era 12º.

McLaughlin suporta impeto de Palou e vence

Dixon foi para os boxes na volta 78 e voltou em 8º. McLaughlin foi para a liderança com Palou em segundo e Power em terceiro. Ambos os pilotos tinham uma boa quantidade de “push-to-pass” para ser usado nessa parte final da prova. Com uma ajuda de Jimmie Johnson, Palou encostou em McLaughlin que se protegia como podia das investidas do espanhol da Ganassi. O neozelandês da Penske se manteve firme e conquistou sua primeira vitória na categoria. Palou chegou em segundo bem próximo ao Penske #3. Power, Herta e Grosjean em uma ótima corrida completaram o TOP-5.

A Indycar volta no dia 20 de março com sua primeira corrida em oval em 2022, na pista do Texas em Fort Worth.


Renato Moraes

Autor

Renato Moraes

TAGS:
formulaindy
indycar
penske
ganassi
andretti
stpetersburg
mclaughlin
palou