Dono de nove títulos mundiais da MotoGP, a classe topo do motociclismo mundial, Rossi é praticamente uma das figuras mais conhecidas e importantes da motovelocidade e hoje, participando da conferência de imprensa que antecede os trabalhos de pista na abertura do final de semana, a Dorna, organizadora do campeonato, colocou as nove motocicletas que deram a Rossi cada um dos seu campeonatos.
"Esta foi uma temporada particular, sobretudo depois de decidir que era a última. Tentei que fosse o mais normal possível, mas não foi. Sinto uma grande emoção por ver estas motos juntas, todos os pilotos... Vamos ver como será a corrida", disse o veterano de 42 anos.
O multicampeão confessou ainda que todos os dias ao acordar olha para uma de suas motos que lhe fez campeão, já que uma delas descansa dentro do seu quarto: "Tenho todas em casa, com exceção das Hondas. Tenho as Aprilia e as Yamaha - a de 2004 está no meu quarto e todas as manhãs quando acordo, olho pra ela... Vê-las todas juntas é uma sensação incrível. Foi muito tempo, uma grande trajetória e uma grande emoção", continuou o “The Doctor”, como também é conhecido.
O campeão relatou também o descontentamento por não ter alcançado o 10º título mundial, citando inclusive o número “9” como sendo um problema pra ele, já que também parou na 199ª pole position na sua carreira, que como ele mesmo disse acima, foi muito grandiosa.
"Lutei muito para chegar ao 10º título, competindoem alto nível. O meu último [título] foi em 2009, há um bom tempo. Teria ficado muito feliz se tivesse ganhado o de 2015, o número 10 fecharia o ciclo, mas as coisas aconteceram desta forma e não posso me queixar”, disse.
“É como se o “9” fosse [um número] maldito. Em 2020, em Jerez [de laFrontera, Espanha], consegui o meu pódio 199 e disse que ia ser o último. Queria o 200, mas fiquei por ali. Foi uma grande carreira, muitos anos lutando pelas posições mais altas", exaltou o campeão.
Rossi finalizou sua participação na entrevista falando das rivalidades que viveu ao longo de sua longeva carreira na MotoGP, onde atravessou gerações e em boa parte dos anos, conseguiu competir em alto nível, mesmo com pilotos com idades que poderiam ser seus filhos.
"A rivalidade, como em qualquer outro esporte, não é algo que se goste muito, mas é fantástico para que possamos dar o máximo e superar limites – com ela temos a possibilidade de encontrar algo que não sabíamos que tinha. No início curtia muito, porque ganhava mais", explicou em tom de brincadeira.
"A lutas com [Max] Biaggi, [Casay] Stoner, [Jorge] Lorenzo e Marc Márquez, me diverti muito com todas elas, por isso recordo-as de forma especial", concluiu.
Desta forma, o GP de Valência encerra um grande ciclo da motovelocidade mundial, sobretudo da MotoGP, que ainda terá o multicampeão nos circuitos, já que agora parte definitivamente para a carreira de chefe e dono de equipe com a VR46, que já compete nas categorias Moto2 e Moto3, podendo subir mais um degrau em 2022, participando também da classe topo.
Fotos: MotoGP
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