Com o buggy RS Q eTron, modelo impulsionado por motores elétricos (ainda que possua um motor a combustão internamente, este funciona apenas para que as baterias sejam carregadas), o time que levou para a Arábia Saudita neste ano Carlos Sainz, Mattias Ekström e Stéphane Peterhansel, vai repetir a aposta e lutar por um grande resultado na prova que se avizinha.
Em comunicado oficial emitido pela fabricante das quatro argolas assinado por Rolf Michl, diretor esportivo da empresa, o entusiasmo e a confiança são nota sonante.
“Sentimos uma ‘tensão’ esportiva agradável, mas também nos sentimos muito preparados para o rally. O nosso carro agora é muito confiável. As melhorias comparando com o RS Q e-tron de primeira geração foram significativas. Os nossos processos agora estão também melhor ensaiados. O nosso objetivo é uma posição de pódio. Nos preparamo o melhor possível, mas todos os fatores externos se mantêm imprevisíveis e só vamos sentí-los quando chegar o Dakar”, disse o comunicado.
No Dakar deste ano, o time que foi para a disputa pela primeira vez venceu quatro das 14 etapas, o que é um número que não pode ser desprezado, sobretudo para um projeto que efetivamente foi colocado a prova naquela ocasião e desponta ainda como sendo algo inédito na competição.
O discurso otimista também é mantido por Sven Quandt, diretor esportivo da Q Motorsport, equipe que efetivamente gere o programa da Audi na competição e é alguém que tem muita experiência nesta seara, haja visto que a X-Raid, no qual também é diretor, é um dos times mais bem sucedidos da competição.
“Este ano ficamos prontos a tempo e enviamos nossos carros por navio. Há um ano tivemos de enviá-los por avião, pois ficaram prontos tarde. Contudo, desde o envio ainda há muitas preparações por fazer, incluindo com a FIA e o planejamento do Dakar. Por mais confiante que estejamos, nunca podemos estar totalmente confiante no Dakar. Não tem a ver só com o rendimento da tecnologia e das pessoas, mas também com a sorte. E não se pode prever isto. Mas, estamos bem preparados”, disse Quandt.
Quandt falou também da dificuldade do percurso da competição, que desde 2020 é disputada na Arábia Saudita e ano após ano, há mudanças no percurso tornando-o cada vez mais difícil, sobretudo nas regiões de dunas, que segundo o dirigente alemão, estão cada vez mais altas.
“O percurso deste ano contém outra vez dunas muito altas, algo que no ano passado a passagem foi qualquer coisa, menos fácil. O rally exige muito de todos nós: dura duas semanas, mas desde o momento em que chegamos lá, estamos efetivamente no deserto durante três semanas. E ainda há de se ver o quão bons estão os nossos adversários. Nenhum deles mostrou suas capacidades totais em 2022 e talvez não vejamos quem é realmente forte até dois, três ou quatro dias de janeiro”, concluiu.
Ou seja, o rally da morte ataca novamente e a Audi quer fazer história na competição – se o sucesso das outras competições que a marca alemã nortear o projeto do Dakar, não duvide que o triunfo está próximo.
Alguém duvida?
Foto: Audi Motosport
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