A etapa sofreu com diversas representações na justiça com a intensão de não permitir sua realização e, apesar do esforço contrário de diversos setores, sobretudo de algumas áreas da cúpula da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, sob o argumento de que a prova agrediria o meio ambiente, o circuito de rua ao redor do estádio Mineirão, batizado de Toninho da Mata, permitiu a mais de 70 mil mineiros (presentes no três dias de evento, sendo 45 mil apenas no domingo) assistir no quintal de casa duas corridas da maior categoria do automobilismo da América Latina.
Como dito acima, a corrida foi realizada na rua e sendo assim, local onde carros, motos, ônibus e caminhões circulam normalmente em dias de semana e finais de semana, o que me faz perguntar: este veículos não contribuem diariamente com a poluição do local?
Mas vamos em frente...
Parte do embroglio se deu devido ao fato de algumas árvores serem podadas e outras 55 cortadas, mas levando-se em consideração que a corrida será realizada pelos próximos quatro anos (de cinco totais) e que como forma de compensação ambiental outras 688 árvores serão plantadas (de acordo com determinação do Ministério Publico de MG, mas que a categoria já avisou que vai subir este número), ao que parece, a reparação tem um viés de responsabilidade sócio-ambiental que me faz perceber (e acreditar) que, efetivamente as perdas serão bem reparadas e compensadas. Não?
Além disso, segundo levantamento da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), o impacto financeiro positivo na economia local durante os cinco anos de realização do evento, poderá chegar em R$ 286,4 milhões, o que se levarmos em consideração que sem a corrida este dinheiro não iria circular na economia local, o evento deve deixar um grande legado para a capital mineira e reforçar os cofres da economia local.
Fora isto, no evento deste ano cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos foram criados na região, além de um reforço no turismo local, que tem impacto para além da corrida, sobretudo se levarmos consideração que muitas pessoas podem retornar a Minas Gerais para conhecer em outras ocasiões, cidades para a além de BH.
Ou seja, foram sacrificadas 55 árvores na região que compreende o traçado da corrida, porém, com toda a reparação ambiental realizada; todo o efeito positivo na economia local; na geração de mais uma oportunidade de lazer e diversão para a população local, será mesmo que a corrida trouxe o retrocesso local que por muitos foi anunciado?
Na minha modesta opinião o evento foi muito bem-vindo e os números de público e dinheiro que girou ao redor de sua realização fará muito bem para Belo Horizonte, que faz parte de um estado completamente individado e que por esforço próprio, ao que me parece, jamais faria algo similar.
Claro que o meio ambiente conta, mas usando aritmética simples, é possível perceber que a conta vai fechar positiva também para a vida e sua biodiversidade, ainda que muitos batam o pé e não enxerguem isto.
Por fim, pergunto aos que tentaram de alguma forma pilhar a realização da prova: quantas árvores vocês já plantaram até hoje?
CONTEÚDO MOTORSPORT: AUTOMOBILISMO COM CONTEÚDO
Fotos: divulgação
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